
Você já se pegou olhando no espelho e pensando: “Essas próteses não fazem mais sentido pra mim”?
Essa sensação — silenciosa, íntima, difícil até de explicar — tem feito milhares de mulheres em todo o mundo escolherem algo que parecia impensável anos atrás: remover seus implantes mamários.
E não é por um único motivo. São camadas. São ciclos que mudaram.
Algumas relatam um desconforto físico crescente: dores nos ombros, incômodo para dormir de bruços, sensação de peso. Outras sentem dificuldade até para fazer um simples exame de imagem, como a mamografia, por causa da dor e da posição dos implantes. Mas a verdade é que muitas vezes a dor não está no corpo. Está na mente. Está na alma.
A mulher que colocou o silicone aos 25, hoje tem 40. Ou 50. Mudou de fase. E com isso, muda também o olhar sobre si mesma.
“Não quero mais ter que trocar isso daqui a 10 anos…”, pensam muitas. “Não quero mais carregar um corpo que já não combina com quem eu sou hoje.”
E há ainda aquelas que vivem um conflito afetivo.
“Será que meu parceiro ainda vai me desejar se eu remover as próteses?”
“Será que vou me sentir menos feminina?”
Essas perguntas não são simples. Envolvem autoestima, sexualidade, a forma como fomos ensinadas a nos sentir amadas.
Outras pacientes, mais silenciosas, confessam:
“Cansei de me preocupar com isso.”
Cansei de exames difíceis, de ter que pensar em futuras trocas, de ter que esconder o medo de algo dar errado.
Em muitos casos, não há dor, nem doença, nem urgência. Mas há uma urgência interna de voltar a ser quem se é.
Mais leve. Mais real. Mais íntima com o próprio corpo.
O explante mamário não é uma negação da cirurgia plástica. Pelo contrário: é uma nova fase dela. Uma que não busca o exagero, mas sim reconexão.
- É sobre escolher envelhecer com dignidade, sem depender de manutenções.
- É sobre retomar o controle do corpo, da imagem e da liberdade.
- Se você está vivendo essa dúvida — saiba que você não está sozinha.
E o mais importante: não precisa tomar nenhuma decisão agora.
Apenas se informe. Se escute. E, quando for a hora, converse com alguém que entenda não só de técnica, mas também de história de vida.
Porque o corpo muda. A cabeça muda. E o cuidado também precisa mudar com você.