A toxina botulínica é um dos procedimentos estéticos mais realizados no mundo — e com razão. Seu principal objetivo na face é suavizar linhas de expressão causadas pelo movimento repetitivo dos músculos, como na testa, entre as sobrancelhas e ao redor dos olhos.
Ela não “estica” a pele e nem preenche rugas. O que faz, na prática, é bloquear a contração de certos músculos. Isso permite que a pele “descanse”, resultando em uma aparência mais leve, menos marcada — e, quando bem indicada, mais natural.
Como é a aplicação?
A aplicação é feita no consultório, com pequenas injeções usando uma agulha extremamente fina. A dor é leve, parecida com picadinhas rápidas. Em alguns pontos, pode causar um pequeno desconforto, mas é bem tolerado.
O procedimento dura de 10 a 20 minutos. Depois, o paciente pode retornar à sua rotina no mesmo dia, desde que siga orientações simples como:
- Não deitar por 4 horas
- Evitar esforço físico no mesmo dia
- Não massagear a região tratada
Quando o efeito aparece?
O efeito começa a surgir entre 3 e 5 dias, com resultado completo por volta de 10 a 15 dias. A duração média é de 3 a 6 meses. Após esse período, o movimento muscular volta gradualmente e, com ele, as linhas de expressão.
E os resultados?
A toxina botulínica suaviza as rugas, mas não faz milagres. Rugas profundas e marcas antigas não desaparecem totalmente, mas tendem a ficar menos evidentes. E o uso contínuo pode ajudar a evitar que elas se aprofundem.
Também é importante dizer:
- A toxina não “congela” o rosto, se bem aplicada
- Não serve para tratar flacidez ou excesso de pele
- Nem todas as rugas são causadas por movimento — algumas exigem outros tratamentos
E você sabia?
Além da estética facial, a toxina botulínica tem outras aplicações médicas bastante interessantes:
Bruxismo – relaxa os músculos da mandíbula e reduz dores na articulação.
Suor excessivo (hiperidrose) – controla a sudorese nas axilas, mãos e pés.
Enxaqueca crônica – em casos selecionados, pode reduzir crises.
Salivação excessiva (sialorreia) – especialmente útil em pacientes neurológicos.
Espasmos musculares faciais – como tremores involuntários ao redor dos olhos.
Essas indicações são feitas em contextos médicos específicos, sempre com avaliação individual.
