
O que é mastopexia secundária após o explante de silicone?
Após o explante de silicone mamário (retirada dos implantes de silicone), é comum que as mamas fiquem com flacidez, queda, sobras de pele ou perda de volume. Muitas mulheres já fizeram uma mastopexia anterior (lifting das mamas) ou passaram por mais de uma cirurgia nas mamas — e, com o tempo, o resultado pode mudar.
A mastopexia secundária é a cirurgia indicada para corrigir o resultado insatisfatório de uma cirurgia prévia, especialmente após o explante. O objetivo é levantar novamente as mamas, remodelar o contorno, corrigir assimetrias e devolver uma aparência mais firme, natural e harmônica.
Como os tecidos já foram operados antes, a cirurgia precisa ser ainda mais planejada, respeitando a anatomia atual da paciente e buscando o melhor resultado estético possível, sem abrir mão da segurança.
Como vão ficar minhas mamas sem prótese?
Você quer se olhar no espelho e ver um corpo seu, real, sem volumes artificiais, sem o medo do “e se um dia o implante der problema?”.
O seu desejo é por firmeza, por voltar a sentir que suas mamas pertencem a você, com naturalidade e segurança.
Sim, o formato será mais autêntico, com a sua medida, com a sua essência. Não será o seio da revista, mas será o seu — reposicionado, elevado, mais harmônico… e, acima de tudo, leve.
E as cicatrizes… como vou lidar com elas?
Eu sei que você teme essas marcas. Quem não teme?
Mas entenda: a cicatriz é um traço de coragem, não de imperfeição.
Vamos cuidar dela com carinho: cremes, proteção solar, tempo…
E, aos poucos, ela pode se transformar — de uma linha nítida, para uma memória discreta, quase imperceptível, como quem diz: “eu cuidei de mim”.
Será que o resultado vai durar?
Essa é a pergunta que você nem sempre verbaliza, mas que grita por dentro: “Será que vai valer a pena?”.
Sim, vai.
O resultado vai durar. Mas ele não é imune ao tempo, nem às escolhas.
O seu corpo vai continuar vivendo, mudando… e é lindo que seja assim.
Se você cuidar, respeitar seu peso, sua pele, seu ritmo, ele vai retribuir com firmeza e beleza por muitos e muitos anos.
Como cuido de mim depois da cirurgia?
Com paciência.
Com aquele sutiã cirúrgico que, por um tempo, será o seu abraço mais seguro.
Sem pressa de levantar os braços, de correr, de voltar à rotina como se nada tivesse acontecido.
Vai doer? Um pouco.
Vai incomodar? Talvez.
Mas vai passar… e, quando passar, você vai se agradecer por ter esperado, por ter se cuidado.
Esse é um tempo só seu. E você merece.
Como faço para a pele não ceder de novo?
A flacidez não é sua inimiga. Ela é só o corpo contando a história da vida, das gestações, do tempo.
Mas se quiser manter a firmeza, escolha pequenos rituais: hidratar, proteger, se movimentar, olhar para você com mais generosidade.
O que mais enfraquece a pele não é a idade — é o descuido.
E eu sei que agora você não quer mais se descuidar.
E o emocional… como preparo meu coração?
Prepare-se para amar e, talvez, para se estranhar um pouco no começo.
É normal.
Você vai olhar no espelho e vai perceber uma nova versão sua.
No início, pode se perguntar: “será que fiz certo?”.
Mas, depois, com o tempo, o inchaço diminuindo, as cicatrizes suavizando…
Você vai entender: fez.
Fez sim.
Fez por você.
Quais sinais devo observar?
Seu corpo vai te falar.
Se houver dor que não passa, vermelhidão forte, febre…
Escute-o e fale comigo.
Estarei aqui.
Mas, fora isso, o que você vai sentir é vida: pulsando, cicatrizando, renovando.
Quando verei, de verdade, o resultado?
Talvez você espere uma resposta exata… mas a verdade é que o resultado vai se revelando aos poucos, como quem tira um véu com delicadeza.
Alguns meses, talvez um ano…
Mas você vai perceber que a beleza está justamente nisso: no tempo que você dá a si mesma para florescer.
Quais são os riscos?
Eu seria irresponsável se dissesse que não há.
Toda cirurgia tem riscos: infecção, alterações na cicatriz, mudança na sensibilidade…
Mas você vai minimizar tudo isso com escolhas responsáveis: parando de fumar, fazendo seus exames, seguindo cada orientação com rigor.
Não se trata de evitar o medo — se trata de fazer dele um aliado, que te mantém atenta, consciente, madura.
Como me preparo para esse momento?
Antes de tudo, pare.
Respire.
Pense: “eu quero isso por mim?”.
Se a resposta for “sim”, então cuide-se desde já:
Faça os exames.
Prepare sua casa, sua rotina.
Avise quem te ama que precisará de apoio.
E, principalmente, cuide da sua cabeça: porque o corpo vai mudar… mas é a mente que vai sustentar essa transformação.
Por fim…
Esta não é apenas uma cirurgia.
É um reencontro.
Com você.
Com a sua pele, com a sua história, com a sua força.