A decisão de retirar uma prótese mamária vai muito além de uma escolha estética. Ela pode estar ligada ao desconforto físico, à mudança na percepção corporal, a sintomas persistentes, à preocupação com o envelhecimento da prótese ou simplesmente ao desejo de se reconectar com um corpo mais natural.
Mas, quando se trata de explante de silicone mamário, há um ponto que quase ninguém discute com profundidade: essa cirurgia precisa ser planejada com o mesmo critério técnico e responsabilidade que qualquer reconstrução mamária. E é sobre isso que vamos falar aqui.
Explante não é só “tirar a prótese”
Muitas pacientes chegam ao consultório acreditando que o explante é uma cirurgia simples e rápida. Mas a realidade é que cada caso exige uma avaliação minuciosa:
Como está a cápsula que se formou ao redor da prótese?
Há sinais de inflamação, calcificações ou contratura?
A paciente deseja manter o volume mamário com enxerto de gordura ou está pronta para um contorno mais natural e reduzido?
O explante pode incluir desde a retirada pura da prótese até técnicas como capsulectomia completa, mastopexia (lifting das mamas), redistribuição tecidual e lipoenxertia.
A verdade sobre a recuperação
Outro ponto pouco abordado é o tempo de recuperação. Como toda cirurgia mamária, o explante exige cuidados no pós-operatório, uso de malhas cirúrgicas, limitação de movimentos e um acompanhamento próximo.
E, talvez o mais importante: é preciso respeitar o tempo de adaptação emocional e corporal ao novo contorno das mamas. Muitas mulheres se surpreendem com a leveza e a liberdade, mas também com a diferença no espelho. Isso faz parte do processo — e deve ser acolhido com empatia e orientação.
Nem sempre o resultado é imediato (e tudo bem)
O resultado definitivo de um explante pode levar meses para se revelar. Isso porque, após anos com próteses, a pele e os tecidos profundos precisam de tempo para se reorganizar. O edema, as mudanças no formato da mama e até as marcas da cicatriz fazem parte do processo de transição.
Aqui, o papel do cirurgião plástico vai além da técnica: é fundamental preparar a paciente emocionalmente para esse caminho e garantir que ela se sinta segura, assistida e bem informada.
O que ninguém te conta — mas você merece saber
- Nem todos os casos exigem capsulectomia total (remover a cápsula completamente).
- Lipoenxertia pode melhorar o contorno, mas tem limites.
- A escolha entre manter, remodelar ou não reconstruir o volume deve ser feita junto com o cirurgião.
- Prótese rompida não é, na maioria dos casos, uma urgência. Mas é uma indicação clara para retirada.
- A cicatriz varia de acordo com a técnica usada — e o grau de flacidez da pele influencia.
E se você ainda está em dúvida…
Explante não é sobre arrependimento. É sobre reencontro.
É sobre entender que nossos corpos mudam, nossas fases mudam — e a cirurgia plástica pode (e deve) acompanhar esses ciclos com segurança, ética e escuta ativa.
Se você pensa em fazer o explante, agende sua consultoria personalizada. Vamos conversar sobre suas expectativas, analisar suas imagens e definir o melhor plano cirúrgico para o seu caso.
